um ensaio inusitado

Essa é uma das coisas que se acontece quando você é o cachorro de uma fotógrafa. Fim de tarde, janela aberta, e lá foi a Pipa latir porque viu as crianças. A Pipa é muito comunicativa e tem vários tipos de latidos. Quando o latido parece um uivo ela quer dizer “vem aqui, vamos brincar!”. E ela adora uma janela, parece até a dona. Então que nessa época do ano o ângulo do sol muda, e eu estava fotografando o Johnnie (o outro cachorro) que estava deitado no sofá (é, a vida aqui é muito boa pros caninos). De repente, que luz, que luz! Comecei a fotografar a Pipa e acabei indo pra um ângulo que nunca tinha explorado. Eu sempre fotografava do outro canto da janela, porque esse é meio apertado. Mas deu certo. Eu me espremi um pouco e a luz estava muito mais bonita. A Pipa é que lá pelas tantas se cansou de ficar posando. É, cachorro de fotógrafa faz pose, pelo menos aqui em casa.

(0bs: todas as fotos desse post foram iphoneografadas)

Pipa

esse post foi escrito e fotografado por Julinha Moreira (julinhamoreira@gmail.com)

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Quando a gente descobre memórias

Acho que quem passa por aqui já notou que o blog anda meio parado. Não por falta de vontade, mas por pura falta de tempo. E esse post de hoje já está no forno há mais de mês, mas a correria de trabalho era tanta, que só hoje consegui essa folguinha, pra inaugurar o ano do blog com uma história muito especial.

Quando voltei de férias, no finalzinho de janeiro, meu pai tinha feito uma viagem curta, e voltou com uma relíquia que eu nem sabia que existia. O álbum de formatura de faculdade do meu avô. De 1938. E é claro que esse álbum me fez pensar em muita coisa. Uma delas foi o privilégio dele existir e poder contar uma história que aconteceu há 75 anos. Uma história que não poderia ser contada sem ele. Quantos desses formandos será que ainda estão vivos hoje? O meu avô morreu há pouco mais de 10 anos, mas esse pedaço da história dele, com uma foto de quando ele tinha 22 anos, pôde chegar até mim, aos quase 30. E eu pude conhecer através dos olhos um pouco do que eu sabia de história falada. E pude juntar com outras tantas memórias de quando eu era criança.

Eu me lembro do meu avô-médico. Mas me lembro de um avô-médico já velhinho, careca, ainda com alguns fios brancos fininhos. E sempre de bigode, o mesmo bigode que ele já usava aos 22 anos. Só que branquinho. Eu me lembro do meu avô, na varanda da casa de Marataízes, atendendo as famílias que chegavam pra consultas não marcadas. Criança que de repente ficava doente, e lá, na cidade pequena, muitos sabiam que podiam chegar a qualquer hora. Eu ficava espiando, no geral através de uma janela, e confesso que ganhei vários galos na cabeça, de levantar de repente, porque levantava rápido pra disfarçar a espiada, quando alguém da família chegava.

Esse álbum acordou muita memória querida. E me deu mais um pouco de memória.

E isso me lembrou que álbuns contam histórias. Que as pessoas passam, mas as histórias ficam. Que hoje as pessoas esqueceram a importância de tirar as fotos do HD do computador e transformar em álbuns. Ou em porta-retratos. Ou quadros. Não deixe sua história parada no computador, faça com que ela circule! Monte um álbum, deixe ele circular entre a família. Entre os amigos. Mostre para seus filhos, reencontre suas histórias antigas.

Esse post eu dedico a todos da família Moreira. Para todos que conheceram o vovô Edson, o vovô, o tio Mano. Para que possam conhecer um pouquinho mais da história dele, e para que esse pouquinho possa continuar circulando!

esse post foi escrito e fotografado por Julinha Moreira (julinhamoreira@gmail.com)

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Post para a Pipa melhorar

Esse é um post especial pra minha cachorrinha, a Pipa. A foto de baixo é da última 6a feira, dela com a minha prima Beatriz. A Pipa é assim, chamego puro. É o beagle mais carinhoso que eu já vi. Super dengosa, adora colo, companhia e carinho. Mas ela está doente tem um tempinho. No começo do ano, fez uma cirurgia pra retirar um tumor. O problema, é que o corpo dela está todinho cheio de tumores. E no final da semana passada um deles estourou, e se transformou numa infecção enorme, em menos de 24 horas. Esse tumor era no rabo, e ontem, depois da infecção ter sido controlada, ela fez uma cirurgia. Pra retirada do tumor, e também do rabinho. Agora ela está internada, e no começo da semana que vem volta pra casa. E vai ser mais mimada do que já era!

esse post foi escrito e fotografado por Julinha Moreira (julinhamoreira@gmail.com)

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